ARTROSE DO QUADRIL Kim 10 (1985) demonstrou em filhotes de cães que o labrum evertido
artificialmente (cirurgicamente) levava à formação de acetábulos diplásicos
comprovando sua importância no desenvolvimento acetabular. O mesmo pode acontecer quando
o labrum está invertido embora Petit et al14 (1962) concluem que durante uma redução
cruenta do quadril na criança a labrumectomia é desnecessária.
Altenberg 1 et al (1977) foi o primeiro a levantar a
hipótese do labrum como fator etiológico de uma doença degenerativa do quadril onde
não exista nenhuma doença pré-existentte como um epifisiolistese ou infecção. Ele
descreve dois casos: - uma paciente com 61 anos de idade que se queixava de dor e pontadas
virilha as quais melhoravam com repouso. Radiologicamente apresentava uma artrose inicial
no quadril esquerdo. Através da artrotomia foi possível retirar alguns corpos livres e
ressecar a lesão do labrum anterior tipo flap. A paciente melhorou totalmente da dor
apresentando-se assintomática mesmo após 4 anos e 9 meses. A outra paciente de 57 anos
queixava-se de pontadas, falseios e eventuais bloqueios em abdução. Foi submetida à
tenotomia do fascia lata sem melhora em outro serviço. Altenberg realizou a artrotomia e
encontrou uma grande lesão do labrum tipo flap na região superior a qual encontrava-se
invertida sobre a superfície acetabular. Logo abaixo do mesmo havia uma área de erosão
completa da cartilagem expondo o osso subcondral. A lesão do labrum foi excisada. A
paciente melhorou e foi reavaliada novamente seis meses depois não apresentando mais dor,
bloqueios e pontadas no quadril.
Cartlidge et al 2 (1982) postularam a hipótese de
que o labrum invertido pode ser secundário ao fato de um osteofito marginal da cabeça do
fêmur "empurrar" o labrum para uma posição intra-articular e ali ficar fixo
sem se everter novamente levando a uma incongruidade da articulação (Figuras 1, 2, 3 e
4). Este fato levaria à osteoartrose primária da articulação. Sugere ainda um sinal
radiológico precoce da presença do labrum invertido: - uma translucência entre a borda
acetabular súpero-lateral e a cabeça do fêmur na incidência ântero-posterior.
Figuras 1, 2, 3 e 4: O efeito do Labrum invertido
1. A posição do labrum (B) antes de ser empurrado para dentro da articulação pelo
osteofito marginal (A).
2. O labrum é pego pelo osteofito e forçado para dentro da articulação.
3. O labrum agora fixo dentro da articulação causa incongruidade e concentração de
carga medialmente
4. A incongruidade acelera o desgaste da cartilagem articular medialmente e mais tarde o
desgaste do labrum propriamente dito.
(extraído do artigo de Cartlidge, I. J. et al, pag 342, Journal of the Royal College of
Surgeons of Edinburg, Nov., Vol 27, No 6, 1982).
Harris et al 5 (1979) encontrou o labrum acetabular
interposto entre a região súpero-lateral da cabeça femoral e o teto acetabular em oito
pacientes com osteoartrose primária sem displasia congênita, subluxação, luxação ou
luxação traumática. Estes achados sugerem que um labrum intra-articular foi o
responsável pelo início de um processo degenerativo. (figura 5)
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LABRUM ACETABULAR INVERTIDO
Cápsula Fibrosa Figura 5: A porção superior do labrum
acetabular está invertida e interposta entre a borda súpero-lateral da cabeça do fêmur
e o acetábulo. Esta interposição do acetábulo dá uma falsa impressão de
preservação do espaço articular nesta área.
(extraído do artigo de Harris, W.H. et al , pag 510, The Journal
of Bone and Joint Surgery, Junho, Vol 61-A, No 4, 1979).
Harris 6 (1986), sete anos após sua hipótese sobre
a importância do labrum como fator etiológico da osteoartrose primária do quadril,
publica no Clinical Orthopaedics um extenso artigo sobre a etiologia da osteoartrose
primária do quadril afirmando que a artrose idiopática do quadril é extremamente rara.
Esta verdadeira obra prima é leitura obrigatória para entendermos que geralmente é
possível encontrar a etiologia do "idiopático" lembrando que o labrum
invertido ou lesado pode ser o responsável.
Dorrel et al 4 (1986) correlaciona a displasia
acetabular com a lesão do labrum acetabular. Descreve a Síndrome do Labrum Acetabular
como entidade bem definida a qual pode ser confirmada pela artrografia. Ao raio X a
presença de um cisto na face lateral do acetábulo é um sinal constante diante de um
displasia acetabular. Eles explicam que as lesões são degenerativas e causadas por um
stress excessivo da porção descoberta da cabeça do fêmur sobre o labrum. Uma vez que a
rotura está presente, um ponto de stress localizado ocorre na cabeça do fêmur levando
rapidamente a uma artrose degenerativa. Esta entidade é adquirida, ao contrário daquela
descrita por Harris (a qual pode ser congênita).
Ueo et al17 (1984) publicou um trabalho discutindo a
possível etiologia dos cistos de labrum acetabular, referindo que sua etiologia poderia
ser traumática por excesso de stress, Descreveu os dois primeiros casos na literatura de
cisto acetabular em pessoas jovens com quadris displásicos. Através da artroscopia do
quadril pode vizualizar os labruns, que na realidade eram verdadeiros gânglios mucinosos,
preenchidos por líquido sinovial e portanto distendendo a cápsula, causando dor à
marcha. Os pacientes foram operados pela via de Smith Petersen com resolução do
processo.
Nishima et al13 (1990) estudaram a influência da
lesão do labrum detectada por artrografia previamente a uma osteotomia de Chiari e
observaram um correlação significante. Os resultados menos satisfatórios foram aqueles
que já apresentavam lesão do labrum. Obtiveram excelentes resultados nos pacientes que
não apresentavam lesão do labrum. Concluem que a osteotomia de Chiari está
contra-indicada na presença de uma lesão do labrum e sugerem a realização de uma
osteotomia tripla (Steel 1973) ou osteotomia dupla do osso inominado ( Sutherland e
Greenfield 1977) nestes casos. Eles também citam que têm realizado a labrumectomia
durante a osteotomia e que os resultados precoces têm sido encorajadores porém não têm
um tempo de seguimento suficiente.
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TRAUMATOLOGIA NO ADULTO Dameron3 (1959) descreve pela primeira vez a lesão em alça de
balde do labrum após uma luxação posterior do quadril.
Suzuki et al 16 (1986), realizaram artroscopia em
nove quadris de oito pacientes com dor de origem indeterminada na articulação
coxo-femoral. Cinco destes pacientes tinham uma ruptura do labrum posterior ou
póstero-superior, a qual não foi visualizada pelo exame artrográfico. No exame físico
estes pacientes se queixavam de dor à flexão passiva e rotação interna do quadril ou
quando a coxa era empurrada para trás a 90º de flexão. A importância clínica da
lesão do labrum acetabular ainda não era bem esclarecida. O autor sugere que uma
instabilidade e dor, semelhante às encontradas nas lesões de menisco no joelho, poderiam
ser causadas por lesão do labrum na articulação coxo-femural. Apesar do autor ter
visualizado lesões de labrum, ele não realizou a labrumectomia, pois questiona se o
labrum teria capacidade de cicatrização. Por experiência anterior, de um de seus casos,
uma artroscopia realizada com um de intervalo de dois anos após uma primeira, porque que
a sintomatologia do paciente mantinha-se inalterada, mostrou um labrum não cicatrizado.
Ikeda et al 7 (1988) descreveram lesões de labrum
em sete pacientes. Três tiveram início súbito, dois início gradual e dois apresentavam
lesões pré-existentes do quadril como displasia do acetábulo ou história de luxação
congênita do quadril. Nos pacientes com início agudo, todos tinham uma história
relacionada à atividade esportiva, mas não referiam nenhum tipo de posição específica
no momento da lesão ou início da dor. Ao exame clínico, todos os pacientes apresentavam
dor à flexão passiva e rotação interna do quadril, conforme anteriomente observado por
Dorrel e Catteral (1986). Quanto à localização, seis das sete lesões eram da
inserção póstero-superior do labrum no acetábulo e uma da porção ântero-superior. O
autor descreve também que nos três casos de início súbito, os quais foram prontamente
submetidos à artroscopia, havia sinais de dilatação dos vasos e sangramento. Ele
comenta que é bem provável que a região mais vulnerável ao stress mecânico é a
porção póstero-superior do labrum acetabular e que uma torção excessiva no esporte ou
estresses repetidos nas atividades normais poderiam causar uma desinserção nesta parte
mais frágil do labrum.
Ueo et al 18 (1990) descreve dois casos de lesões
de labrum tratados com sucesso por via artroscópica e cogita a possibilidade de no futuro
haver a possibilidade de suturar o labrum como já se faz no ombro e no menisco do joelho.
Eles relatam um caso impressionante de uma paciente esportista de 22 anos com dor há 7
anos na região lombar, glútea direita e joelho direito. Ela referia ter tido um
episódio de dor na perna direita durante um jogo de basquetebol aos 15 anos de idade.
Como a dor persistiu foi submetida a uma cirurgia de hérnia de disco lombar aos 19 anos.
Como não melhorasse foi submetida a uma artroscopia do joelho direito onde nada de
anormal foi encontrado. A dor persistia no quadril direito principalmente à rotação
flexão-interna e também empurrando o quadril a 90 graus de flexão associado à adução
posteriormente com a paciente em decúbito dorsal. Foi submetida a artroscopia do quadril
onde se encontrou uma lesão póstero-inferior. A lesão foi ressecada por via aberta. A
paciente melhorou totalmente a sintomatologia que apresentava há 7 anos graças à
excisão da lesão do labrum.
Lieberman et al 12 (1993) relata o uso modificado da
técnica de Bankart para reparar uma lesão traumática de labrum em uma paciente de 17
anos vítima de uma fratura- luxação posterior do quadril após um acidente
automobilístico. Como a paciente sofreu nova luxação posterior 10semanas após o
acidente ao descer de seu cavalo. Foi submetida a redução incruenta e imobilização
gessada poi 6 semanas. Dois anos após luxou novamente o quadril enquanto nadava. Como o
quadril apresentava instável à adução e rotação interna, foi submetida ao reparo do
labrum por via não artroscópica com o desaparecimento dos sintomas.
Lage et al 11 (1996) descrevem uma classificação
para as lesões do labrum acetabular (tabela 1) na qual 18,9% dos casos são de origem
traumática. A população analisada era em sua grande parte de osteoartrose e daí a
pequena incidência de lesões traumáticas enquanto que a lesão do tipo degenerativo
representa 48,6% entre os casos das 37 lesões encontradas em 267 artroscopias do
quadril.(figura 7)
Classificação Etiológica |
Classificação Morfológica |
traumática (7
casos, 18,9%) |
flap radial (21
casos, 56,8 %) |
degenerativa
(18 casos, 48,6%) |
fibrilada
radial (8 casos, 21,6%) |
Idiopática (10
casos, 27,1%) |
periférica
longitudinal (6 casos, 16,2%) |
Congênito (2
casos, 5,4%) |
instável (2
casos, 5,4%) |
Tabela 1 - Classificação das
lesões do Labrum Acetabular (extraído do artigo de Lage, L. A., pág. 270, Arthroscopy:
The Journal of Arthroscopic and Related Surgery, Vol 12, No 3, junho, 1996).
Figura 7: Representação diagramática da
morfologia das lesões do labrum acetabuolar. As lesões instáveis estão excluídas.
(Extraído do artigo de Lage, L. A., pag. 270, Arthroscopy: The Journal of Arthroscopic
and Related Surgery, Vol 12, No 3, junho, 1996).
Mc Carthy 21 (1995) relata a incidência de 54% de
lesões traumáticas do labrum ( 52 pacientes em 94 casos operados). A maioria de seus
pacientes são atletas profissionais ou amadores. Relata que os principais sintomas das
lesões traumáticas do labrum são: - dor na virilha , falseios e estalido doloroso na
região da virilha.
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DISCUSSÃO Villar
19 (1992), a maior autoridade mundial no assunto contando com mais de 600 casos operados,
descreve que as indicações da artroscopia do quadril são muitas, entre elas: 1) dor no
quadril a esclarecer após um tratamento conservador sem sucesso; 2) avaliação do
quadril osteoartrítico com o objetivo de planejar para o futuro uma cirurgia mais
invasiva; 3) debridamento da articulação do quadril para alívio da dor na osteoartrite;
4) remoção de corpos livres ou corpos estranhos ou cimento ósseo intra-articular após
artroplastia de quadril; 5) sinovectomia para sinovites; 6) excisão de uma lesão do
labrum acetabular. Muitas outras indicações têm sido descritas, por outros autores,
como já citadas anteriormente. Ele ressalta que não existem contra-indicações bem
definidas para a artroscopia do quadril, desde que se tome cuidado para o tempo de
tração, a qual deve ser relaxada a cada 60 minutos, para se evitar paresias nervosas.
Talvez uma das contra-indicações absolutas seria nos pacientes com osteoartrose
avançada, uma vez que é difícil assessar o quadril pela contração da cápsula
articular. Quanto à técnica, ele relata que podem ser feitos o acesso anterior ou o
lateral. O anterior mostrou-se ser um bom acesso para localizar o recesso inferior do
quadril, onde normalmente se localizam os corpos livres. No acesso lateral
supra-trocantérico associado ao uso do distrator especial para o quadril, ele relata
poder fazer uma distração da cápsula articular de até 3 cm, já que este distrator de
quadril fornece uma tração ao longo da linha do colo do fêmur permitindo uma maior
separação da articulação. Ele relata ser imprescindível o uso do intensificador de
imagens e que é importante utilizar também um artroscópio de 70º, pois além de
permitir uma melhor visão do quadril, ele particularmente visualiza muito bem a margem
supero-lateral do acetábulo através do acesso lateral ressaltando este ser um fato
importante, pois esta área é onde algumas vezes se encontra uma lesão do labrum
acetabular. Relata que a articulação do quadril é uma situação ideal para o uso de
instrumentos motorizados e também para aplicação de técnicas a laser. Quantos aos
cuidados pós-operatórios, ele diz ser importante o uso de muletas por um mínimo de
três dias, pois a maioria dos pacientes apresenta um leve desconforto na virilha durante
este período e, ressalta que a fisioterapia pós-operatória deve ser encorajada,
enquanto a atividade esportiva deve ser desencorajada por pelo menos seis semanas. As
complicações mais prováveis deste procedimentos são as paresias nervosas, como citadas
anteriormente, e também a lesão da superfície articular. Ele ressalta que a artroscopia
do quadril foi capaz de descobrir a etiologia de 40% dos quadris com dor a esclarecer, nos
quais os outros métodos de investigação foram normais, incluindo entre eles raios-X
simples, tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear20. Conclui
finalmente em suas palavras: "Os anos 90 irão muito bem provar ser a década da
cirurgia artroscópica do quadril".
A lesão do lábio acetabular é considerada uma
entidade clínica bem definida. Ikeda acredita que a lesão do lábio do acetábulo não
cicatriza naturalmente e que, caso não seja tratada, possa aumentar levando a falseios do
quadril pela perda do efeito de válvula que esta estrutura exerce, acarretando além de
sintomas de dor e travamento, uma artrose secundária pela incongruência articular e
instabilidade. Ele considera ideal a sutura do lábio como já se faz para o menisco do
joelho embora a instrumentação e técnica para esta difícil sutura ainda não foi
desenvolvida.
Os principais artigos foram citados nesta revisão.
Como são poucos artigos e poucos pacientes achamos conveniente citar detalhadamente
alguns casos insistindo que o labrum acetabular deve ser lembrado quando estamos diante de
uma quadril doloroso.
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